Helê, bonito e verdadeiro. O Cícero foi "meu vizinho" por muitos anos, ali no Humaitá. Encontrava-o com frequência pela Cobal, muitas vezes sozinho, sentado em um bar por ali com um livro ou um caderno. Senti a partida dele. O Delon tb tinha esse projeto, acabou indo antes. Me lembrou aquele livro "Como eu era antes de você", sabe?
Eu admiro muito quem tem a coragem dessa escolha. Não sei se eu teria. Mas acompanhei o último ano de vida do meu sogro, um cara q até os 90 era inteiro e autônomo e que, por conta de uma queda seguida de um AVC, ficou hemiplégico, deitado na cama e sem conseguir falar. Uma situação sem nenhuma dignidade pra alguém que viveu com tanta. Faz a gente pensar.
Oi, Rê! Pois é, depois de escrever o textos, muitas reações me deixaram ainda mais pensativa sobre as definições de dignidade. Estou certa que precisamos, sobretudo, respeitar as escolhas dos outros, e tentar fazer as nossas...
adorei o texto. taí um tema que me divide muito. depois de ver o filme espanhol mar adentro, duas décadas atrás, eu tendo a ser mais aberto e compreensivo com quem decide interromper a vida para evitar um fim degenerativo ou uma condição paralisadora. mas entendo também quem não concorda. enfim, ao menos pela obra dá pra saber que este homem amou a vida. (obrigado pela menção, sua linda)
Felizmente, pra mim falta o momento [ainda] e o dinheiro. No caso, falta dinheiro não só pra isso. rs
Sempre achei cruel manter a vida das pessoas, a qualquer custo e principalmente em cima das dores delas, só para que os alecrins dourados não sintam a dor da perda. Então, temos que democratizar esta escolha. Que não fique sendo só direito/privilégio de rico, como de praxe.
Helê, lembrei do nosso orixá Gil, recentemente, ao dizer à Preta, sobre a volta do câncer e o novo tratamento, algo como “se estiver sendo muito difícil pra você e se for sua hora, aceite”. Ela disse que isso tirou dela o peso de "ter que lutar" e deu tranquilidade para que ela decidisse que, sim, queria mesmo lutar. Sábio Gil. Ganhar ou perder para a doença passa por mil perspectivas...
Helê, bonito e verdadeiro. O Cícero foi "meu vizinho" por muitos anos, ali no Humaitá. Encontrava-o com frequência pela Cobal, muitas vezes sozinho, sentado em um bar por ali com um livro ou um caderno. Senti a partida dele. O Delon tb tinha esse projeto, acabou indo antes. Me lembrou aquele livro "Como eu era antes de você", sabe?
Eu admiro muito quem tem a coragem dessa escolha. Não sei se eu teria. Mas acompanhei o último ano de vida do meu sogro, um cara q até os 90 era inteiro e autônomo e que, por conta de uma queda seguida de um AVC, ficou hemiplégico, deitado na cama e sem conseguir falar. Uma situação sem nenhuma dignidade pra alguém que viveu com tanta. Faz a gente pensar.
Beijo!
Oi, Rê! Pois é, depois de escrever o textos, muitas reações me deixaram ainda mais pensativa sobre as definições de dignidade. Estou certa que precisamos, sobretudo, respeitar as escolhas dos outros, e tentar fazer as nossas...
Bj!
adorei o texto. taí um tema que me divide muito. depois de ver o filme espanhol mar adentro, duas décadas atrás, eu tendo a ser mais aberto e compreensivo com quem decide interromper a vida para evitar um fim degenerativo ou uma condição paralisadora. mas entendo também quem não concorda. enfim, ao menos pela obra dá pra saber que este homem amou a vida. (obrigado pela menção, sua linda)
Imagina, você fez um texto muito bom e foi capaz de sintetizar muito em poucas palavras.
Ser aberto e compreensivo com as escolhas alheias, acho que essa é uma postura digna, sem dúvida.
Felizmente, pra mim falta o momento [ainda] e o dinheiro. No caso, falta dinheiro não só pra isso. rs
Sempre achei cruel manter a vida das pessoas, a qualquer custo e principalmente em cima das dores delas, só para que os alecrins dourados não sintam a dor da perda. Então, temos que democratizar esta escolha. Que não fique sendo só direito/privilégio de rico, como de praxe.
Sim, Claudinho, democratizar a escolha seria sensato e justo!
Helê, lembrei do nosso orixá Gil, recentemente, ao dizer à Preta, sobre a volta do câncer e o novo tratamento, algo como “se estiver sendo muito difícil pra você e se for sua hora, aceite”. Ela disse que isso tirou dela o peso de "ter que lutar" e deu tranquilidade para que ela decidisse que, sim, queria mesmo lutar. Sábio Gil. Ganhar ou perder para a doença passa por mil perspectivas...
Nosso Buda Nagô sempre sábio... E isso de ganhar e perder de doença acho irritante e infantil. Spoiler: no final todo mundo perde.