Prezadis
Pra homenagear Mussum e escapar de ter que usar uma fileira de artigos (entendemos porém temos preguiça)
🗣️Fala, Helê 👩🏾🦳
Nosotras chegamos aqui trazendo na mala bastante saudaaaaade…não, péra, essa é a música da Elba. Eu ia explicando que chegamos aqui no Subs trazendo uma certa bagagem, vindas de outras encarnações internéticas, acumulando mais de 20 anos de horas de voo. Já fomos Blogger, fomos Wordpress (e ainda somos, que o endereço tá lá), tivemos um puxadinho no Multiply (quem lembra?) - fora os inescapáveis perfis nas redes sociais. Hoje somos/temos essa newsletter, mas nascemos blogue, blogueira eu sempre hei de ser (é o meu maior prazer, vê-lo brilhar… tá, parei). E como tal, sinto que devemos aí um “foi mal”, já que ficamos um mês sem publicar. Percebi quando publiquei o post anterior, sobre os podcasts, mas ainda fiquei com isso na cabeça - caramba, sumimos… Em parte é uma liberdade conferida pela não-monetização; por outro lado, o compromisso já tá posto, com ou sem dindin. Então vocês perdoem aí o hiato não-planejado e relevem: se o ano já tava se consagrando como difícil, garantiu o selo nesse finalzinho. Mas estamos todas bem, torcendo pra ficar ainda melhores.
🗣️Fala, Monix👩🏻
“Moça, que bom que tem carro.”
Essa frase, dita de forma quase displicente por um enfermeiro no Hospital Geral de Arraial do Cabo, se tornou meu mantra nesse final de 2024.
O carro em questão era o do namorido, que ia me trazer da região dos Lagos até o Rio de Janeiro, interrompendo nossas curtas férias para uma cirurgia de emergência no joelho. É, caris leitoris (pra manter o clima Mussum de gênero neutro), estou encerrando esse ano montanha-russa com um momento “perrengue chique”.
Em resumo, o que aconteceu foi que eu estava desembarcando de um bote, em uma ilha linda, quando me desequilibrei e o peso do meu corpo forçou o joelho esquerdo provocando uma fratura. Depois de toda uma saga para conseguir sair da ilha, voltar de barco, ser levada de ambulância até o supracitado hospital geral (viva o SUS, que prestou um excelente primeiro atendimento), o ortopedista constatou que era caso cirúrgico e recomendou a remoção para o Rio.
Para não ter que esperar todo o trâmite do plano de saúde, optei por imobilizar a perna, tomar um Tramal na veia e vir de carro mesmo. Daí, diz o enfermeiro, que bom que tem carro, né?
Parece pouco consolo pra muita desgraça, mas pensando bem, é uma frase que resume uma visão da vida que eu aprendi com minha mãe e tento levar adiante: qualquer situação, por mais desesperadora que pareça, pode ser vista por uma perspectiva “que bom que…”
Naquele momento, tudo que eu precisava era ser levada para um hospital que tivesse condições de me operar. E eu tinha um carro e uma pessoa pra dirigir esse carro. Mais que isso: tinha um hospital pra me atender, uma equipe médica pra me operar, pessoas para cuidar de mim durante a longa recuperação. E isso é muita coisa. Sendo assim, em vez de encerrar o ano deprimida pelo acidente, escolho entrar em 2025 grata por tudo o que tenho. Não dá pra viver uma vida sem dissabores, mas dá pra enxergar as bençãos onde elas existem.
Que 2025 nos traga motivos para agradecer.
Amigas queridas, que bom que temos vocês <3 Feliz Ano Novo, que redima todos os perrengues, chiques ou não, do tal 2024 que não foi bolinho. Beijões.
Melhoras, Monix! E nesses tempos cronicamente online, fico até feliz quando alguém some. Sinal de que a vida offline tá ganhando.